A Travessia, crónica minha publicada hoje pelo jornal SAVANA. Leia aqui.
Patetice nas bombas
Na guerra pelas quotas de mercado, as empresas fazem das tripas coração para conquistar novos clientes e fidelizar os antigos. Não é por acaso que as bombas de gasolina oferecem uma série de serviços adicionais, geralmente gratuitos, como sejam a verificação do óleo do motor e da água no radiador, a limpeza dos pára-brisas e coisas que tais. Mas há um detalhe que escapa ao meu entendimento: por que carga de água os homens das bombas, sempre que podem, fingem que encher os pneus não é trabalho deles?Neyma: basta uma meia dúzia de adidos
A cantora Neyma está na direcção certa. Em entrevista ao Magazine Independente, ela disse que o Governo podia fazer mais pela promoção da música moçambicana no estrangeiro. Também eu acho que sim e uma das fórmulas é até bastante velha: os adidos culturais. Com uma meia dúzia de adidos nas representações diplomáticas de Moçambique nas principais capitais da cultura e do mecenato, outro galo cantaria. Não precisamos de ir longe para testar a receita. Basta só olhar para a diferença que faz o trabalho dos adidos culturais na percepção que em Moçambique hoje temos da cultura brasileira, portuguesa ou francesa. A falta de dinheiro não explica tudo.Citação
Craveirinha: a memória revisitada
A maquilhagem do choro
A Maquilhagem do Choro, crónica publicada ontem pelo jornal SAVANA na rubrica Favolo Nada. Leia aqui.
Tenho que pensar no futuro dos meus filhos
Kama Sutra
O Olhar de Salinga
O Olhar de Salinga, crónica publicada hoje pelo jornal SAVANA na rubrica Favolo Nada.
Parabéns LAM
No dia 14 de Maio, a LAM comemorou o seu 28º aniversário, oferecendo aos passageiros vôos com uma hora de atraso. Juntei-me à festa da nossa única escolha, fazendo o trajecto de Nampula a Maputo. Tive uma agradável surpresa ao folhear a revista de bordo (nrº 43, página 6). A LAM diz que o Indice de Pontualidade dos Vôos subiu para 89,5 por cento, «valor considerado de referência na indústria de aviação civil mundial». Uma maravilha!LAM: ao que chegamos!
A bandeja de Songai
A bandeja de Songai, crónica publicada hoje pelo jornal SAVANA na rubrica Favolo Nada.
Adesão, aderência e manifestações
Ultimamente tenho ouvido falar com frequência de manifestações e de aderência. Fraca aderência das pessoas para aqui, forte aderência das pessoas para ali. Na rádio, nos telejornais, em quase toda a parte.Que eu saiba, o termo mais apropriado para descrever a participação das pessoas nas manifestações seria adesão. Os sapatos dos manifestantes é que podem ter problemas de aderência ao asfalto, seja ele de betume, de pedras ou blocos de cimento. Se os sapatos aderem bem ao piso, ninguém escorrega. Se os sapatos tiverem problemas de aderência – e não de adesão – muitos manifestantes vão de certeza escorregar, podendo até cair, à chegada dos agentes da Polícia.Citações
O consumo do arroz em Moçambique atinge actualmente as 500 mil toneladas anuais, das quais 450 mil (90%) são importadas, particularmente do mercado asiático.
Boaventura Mucipo, in O País, 25.04.2008
Temos a experiência do do arroz do Chókwè nos anos 80. Nessa altura, era o arroz mais caro do mundo. O ponto não é produzir dentro de Moçambique; é produzir dentro de Moçambique com uma base sólida e competitiva. Se somos capazes de fazer isso, óptimo vamos fazer.
Carlos Nuno Castel Branco, in O País, 25.04.2008.
Estudar, estudar, estudar sempre, dizia o slogan do PREC (Processo Revolucionário em Curso). Como não deu certo, foi-se ao plano B: "todas as escolas, a qualquer nível, TÊM DE TER 99 por cento de aproveitamento anual". Ora muito obrigado!
Fernando Manuel, in Savana, 25.04.2008O julgamento teve um atraso de vinte minutos porque Anibalzinho não queria abandonar a cela antes de tomar o pequeno-almoço.
Raul Senda, in Savana 25.04.2008
O primeiro a cair...
Em 2003, Raila Odinga insurgiu-se contra uma lei herdada do tempo colonial que veda o acesso às sessões do Parlamento queniano a quem use roupas africanas. Na altura ele era Ministro das Estradas, Obras Públicas e Habitação, apresentou-se no Parlamento sem o fato nem a gravata da praxe. Resultado: foi expulso da sala. O combativo político voltou à carga em sessões seguintes e, para acalmar os protestos, o Presidente do Parlamento autorizou a entrada de Odinga e dois colegas seus em trajes africanos, prometendo entretanto que se iria reflectir profundamente sobre assunto. Curiosamente, a lei ainda está em vigor - 44 anos após a proclamação da independência! - e Odinga agora é Primeiro-Ministro. Os observadores morrem de curiosidade para saber quem cairá primeiro: a lei ou Odinga?
