Aguardente de maçanica, cegueira e mitos

O jornal Domingo publicou há semanas um interessante suplemento de saúde que é uma autêntica pedrada no nosso charco editorial. Está de parabéns o seu coordenador, o meu amigo André Matola. Tomei nota, entre outras coisas, que afinal não passa de mito a tese segundo a qual a aguardente de maçanica é a responsável pela proliferação de cegos na cidade de Tete. De acordo com a publicação, o álcool que se obtém da maçanica é etílico e não metílico. Este último, sim, pode levar-nos à condição de cegos. Doravante, a aguardente de maçanica passa a estar nos meus miolos acima de qualquer suspeita. Deliciem-se com a bebida, mas, é claro, nada de exageros.

3 comentários:

Jorge Saiete disse...

Isso é muito bom, curiosamente nunca tinha acompanhado essa estória que relaciona aguardente de maçanica a cegueira. Ainda bem que isso não é um facto porque eu sou daqueles que não a dspensam quando passam da quente cidade Tete

mãos disse...

Epa...ainda bem, assim já posso requisitar umas garafinhas...acredito que o Daniel da Costa colocou este post para provocar a malta Ouri Pota que não perdoa o aguardente de maçanica....

Anónimo disse...

Creio que não é a aguardente de maçanica que causa cegueira, é sim o processo de destilação da maçanica. Se fôr feita a destilação em panela metalica produz o ácido que afecta a vista levando a cegueira, se a destilação fôr feita em panela de barro, já não acontece. O dilema é saber se está demasiadamente publicitado que se deve destilar em panelas de barro e não em panelas metalicas.