Há mais desenvolvimento em Moçambique?

Pelo menos, há mais bicicletas e não suficiente desenvolvimento, respondem Joseph Hanlon e Teresa Smart, no seu recente livro, editado pela Missanga, Ideias & Projectos, Lda. É uma obra interessante, embora com muita coisa repetida de livros anteriores, especialmente dos de Joseph Hanlon. Mas tem ideias fortes: 1. O colonial-fascismo e o socialismo do pós-independência não prepararam os moçambicanos para enfrentar os actuais desafios da globalização; 2. Nem a Frelimo nem os doares têm as mãos limpas nos meandros da corrupção e, sobretudo, 3. “Moçambique não precisa de esperar por investidores estrangeiros a aterrarem nos seus aeroportos. Quem pode desenvolver Moçambique já cá está. Mas precisa de treino, apoio a longo prazo e crédito – que o Estado desenvolvimentista pode organizar e providenciar.” O livro constitui um bom pretexto para debater o nosso Moçambique, incluindo a forma atabalhoada como está a ser feita a distribuição dos famigerados “7 biliões” a nível dos distritos.

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